quarta-feira, 26 de novembro de 2008

4 de julho de 2006

Como se fossem borboletas, ela havia prendido o instante entre os dedos antes que ele nunca mais fosse seu. Então, cerrou bem os olhos na tentativa de gravá-lo no fundo das pálpebras. Pintava-o somente para tê-lo em seus sonhos quando estivesse só na calada noite e cansada em demasia para procurar a companhia de uma estrela qualquer. Pincelou seu rosto num quadro branco de memória. Desejava nunca esquecê-lo, pois via nele toda a sinceridade para compôr um amigo e mãos confiáveis que a guiariam tranqüilamente pelo mundo - se o pedisse. Finalizou o momento com um beijo doce que a marcaria até o fim de seus dias. E assim, desenrolou seus braços de suas costas e partiu com a promessa dos mais constantes retornos.

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